Nos chamaram para Guerra. E pediram que ficássemos em casa.

E o nosso “inimigo” juntou toda a humanidade!

Eu olho para a rua e não vejo as crianças brincarem, não vejo ninguém passear de bicicleta. Carros não circulam. A rua está vazia. Nossas caminhadas estão sendo dentro de casa.

Não podemos sair. Ao longe se ouve o toque de recolher.

Ficar em casa tornou-se um ato de AMOR.

As famílias se obrigaram a se olhar, resolver suas diferenças. E elas perceberam que na verdade era falta de olhar, falta de SE olharem, falta de olhar uma para as outras.

Os filhos entenderam o real significado quando ao pais diziam: Se cuida. É melhor você ficar casa.

Guerras foram paralisadas. Pessoas voltaram a se falar. Pessoas aprenderam a olhar para dentro de si e se amarem. As pessoas meditaram, oraram.

E O MUNDO INTEIRO VOLTOU A SE AMAR. A GENTE SE ISOLOU PARA SE UNIR. E A TERRA SE CUROU.

Quando isso tudo passar, os abraços terão outro significado. Serão mais demorados. Os beijos terão outro valor. A família voltará a se tornar muito mais família.

Eu espero que as pessoas reencontrem o significado de VIVER. Eu espero que essa lição ressoe por toda a eternidade. Que a gente entenda o quanto as coisas são voláteis, o quanto tudo pode mudar. Que a gente aprenda que humildade, gentileza, respeito e empatia devem ser praticados TODOS OS DIAS.

Que a gente enxergue o céu azul, escute o cantar dos pássaros, sinta o vento no rosto e o toque das ondas do mar. Que a gente sinta a chuva e o sol. QUE A GENTE SINTA!

E que nunca mais a gente seja indiferente. Que a gente deixe de lado as bobagens, as coisas pequenas que não tem nenhuma relevância.

Que depois disso tudo a gente TENHA APRENDIDO que a única coisa que importa é o amor.

Que a gente não deixe as coisas voltarem a ser “normal”. Foi o normal que nos deixou indiferentes. Foi o normal que nos levou ao caos.

Que a gente seja MELHOR. Todos os dias! Em cada ato, em cada olhar, em cada sentimento.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!

"O amor é suficiente para que possamos brilhar.”

Carlos Barbosa, 22 de março de 2020

Juliana Bohn – Mundo Florescer